Teu caminho
Vento outonal
Águia da estepe
Abre suas asas,
Teu caminho
Açoite firme
Varre cada pegada do pó
Teu caminho
Pelos ossos da terra,
Teu caminho
Pelas correntes de água
Sobre pernas elásticas
Os animais foram,
Farejando problemas
O chamado do sangue
Na couraça do dragão
O sol brilhava
O chamado do sangue
Há muito tempo você compreendeu
Que ninguém retorna
Na grande caçada
Começa o dia
Joga um raio de sol
Na corda do arco
Pelas costas, silenciosamente
A sombra se espalha
No bloqueio
Das ervas resistentes
Voando a caminho do cume
De montanhas selvagens
De penas secas
Sim, por um monte de penas
Onde a morte queima como fogo
Você inala a fumaça
O chamado do sangue
Visão de falcão em
Olhos humanos
O chamado do sangue
Eclodem os troncos
Não há retorno
O chamado do sangue
E o aço ri
Bêbado de sangue
Sabe como te esperaram aqui?
Não havia vida,
Havia só guerra.
Com poucos passos você entra na morte
Espalha-se, ardente, o tecido da vida
Furiosa brilha, como uma tocha, a lâmina
E nenhum mundo inferior te receberá
Mas te dará as boas-vindas com um sorriso
Um deus guerreiro
O chamado do sangue
Ao sorriso lupino da morte
Você ri na cara dela
O chamado do sangue
Você sempre soube
Que não retornaria
O chamado do sangue
O chamado do sangue