A cada noite sem sono,
Levantando-se desde o fundo,
Os nenúfares afligem-se.
A lua não descobrirá
Quão profunda é a profundeza
Os nenúfares se calam.
Imperceptivelmente são atraídos para a corrente
As testemunhas oculares e prisioneiros dos mistérios da profundeza.
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe.
E você esconde aquilo que eu escondo
Que você esconde.
Nós observamos, de pé em um nicho escuro.
Sonhos alheios não nos fazem mais próximos.
Continuamente em dupla, continuamente vamos
Por entre desertos minados.
Cada um em pensamentos é um, mas por isso estamos intactos,
Freneticamente nos calamos.
Resta apenas caminhar, tendo esquecido sobre o atalho,
Haverá uma explosão incontida de estranhas emoções.
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe.
E você esconde aquilo que eu escondo
Que você esconde.
Nós observamos, de pé em um nicho escuro.
Sonhos alheios não nos fazem mais próximos.
De olho em olho, de olho em olho,
Sem gesto e sem palavra
Por meio de um sorriso as esfinges imperceptivelmente
Trocaram de lugar de novo.
Aparecemos no deserto de novo,
Obrigados a guardar mistérios alheios.
Assim nós estamos implicados pela eternidade.
Juntos e separadamente,
Às vésperas e doravante.
Para guardar melhor os segredos, nos ocorreu
Petrificar-se.
Nós não poderemos descansar, nós não poderemos esquecer,
Mas tente perguntar alguma coisa para as esfinges.
Eu sei que você sabe
Que eu sei que você sabe.
E você esconde aquilo que eu escondo
Que você esconde.
Nós observamos, de pé em um nicho escuro.
Sonhos alheios não nos fazem mais próximos.
De olho em olho, de olho em olho,
Sem gesto e sem palavra
Por meio de um sorriso as esfinges imperceptivelmente
Trocaram de lugar de novo.
Aparecemos no deserto de novo,
Obrigados a guardar mistérios alheios.