Ainda vivo, fiquem tranquilos
Sempre sorridente, ainda em pé
Estou reparado, de novo em pé
Direito sobre minhas pernas, ressuscitado
Todos os que caem ao meu redor
é uma hecatombe, é Guernica
Todos os que caem, caem sem parar
E eu ainda estou aqui.
Ainda vivo, fiquem tranquilos
Sempre sorridente, ainda em pé
Ele não nasceu ou vai ter problemas
O cretino que vai querer me enterrar
Não faço mas TV, nem tenho internet
Parei de falar com os rádios, as gazetas
Pensaram que eu tinha sumido, me achavam esquecido
Falam para esses idiotas que eu continuo a cantar
E todos esses caçadores de recompensas
Paparazzi escondidos
Que me deprimem e me imprimem
Somente fofocas, somente mentiras
Todos esses rumores sobre minha saude
Não vamos fazer um caso disso
E que aquele que nunca teve problemas
Me joga a primeira cerveja*
Ainda vivo, fiquem tranquilos
Sempre sorridente, ainda em pé
Ele não nasceu ou vai ter problemas
O cretino que queria me substituir
Sempre tenho que tomar atenção
Atrás de cada árvore
Com todos esses fotógrafos
Que pensam que eu sou burro
Aqueles que me enterraram, um pouco cedo
Falam pra esses idiotas que eu continuo a cantar
Mas nunca esqueci vocês
E para os que sentiram falta de mim
Vocês os fiéis, eu volto para agradecer
Senti falta de vocês também
Muito contente de encontrar vocês de novo
Quero continuar, claro
Continuar a escrever e cantar
Cantar para aqueles selvagens
Ainda vivo, fiquem tranquilos
Sempre sorridente, ainda em pé
Ele não nasceu ou vai ter problemas
O cretino que vai querer me enterrar
Desde alguns anos, eu me afastei
Vico perto das lavandas, debaixo das oliveiras
Pensaram que eu tinha sumido, me achavam esquecido
Esses idiotas podem continuar a babar
Eu no meu caminho, continuo a cantar