Caminhando na névoa
Sozinho no profundo silêncio
Não posso ver nenhuma lápide
Foram-se todas as casas
Eu chamo mas não há resposta
Entre os espaços
Na noite neblinada
Não sinto nenhuma sombra
Parece, entretanto, que algo se move lá
Eu chamo mas não há resposta
Amigo, amigo pode me ver?
Caminhando aqui na névoa
Já passeou como eu
No silêncio profundo como a morte?
Viu as luzes da estrada
Brilhando na vila?
Viu o que fizeram lá?
Lembra-se de como o estado das coisas era?
Alguém por mim buscava?
Amigo, amigo pode me ver?
Caminhando aqui na névoa
Já passeou como eu
No silêncio profundo como a morte?
Você, assim como eu
Já caminhou na névoa
Desviado do caminho castigado
Próximo ao topo da montanha?
Conhece essa solidão?
Amigo, amigo, entende-me?
Sabe de qualquer caminho secreto?
Passeou como eu
Na incerteza eterna?
Amigo, amigo, entende-me?
Sabe de qualquer caminho secreto?
Passeou como eu
Na névoa sem-termo?