Com a paz das montanhas vou amar-te,
Com loucura e equilíbrio vou amar-te,
Com a fúria dos meus anos,
Como me ensinou a ser,
Com um grito em corpo vou amar-te.
Em silêncio e em segredo vou amar-te,
Arriscando no proibido, vou amar-te,
No falso e no verdadeiro,
Com o coração aberto,
Por ser algo menos do que perfeito, vou amar-te.
Eu amar-te-ei, eu vou amar-te,
Como não é permitido,
Eu vou amar-te, eu vou amar-te,
Como nunca foi conhecido,
Porque assim decidi que vou amar-te.
Para te dar um exemplo, vou dizer-te,
Que embora tenhas mãos frias, vou amar-te,
Com a tua má ortografia,
E o teu não saber como perder,
Com os teus defeitos e as tuas peculiaridades vou amar-te.
Eu vou amar-te, eu vou amar-te
Porque foste algo importante
Vou amar-te, vou amar-te,
Mesmo que já não estejas presente
Apesar de tudo, sempre,
Eu vou amar-te.
No Outono de cada noite espero,
Para uma lua cheia e eu vou amar-te,
E apesar de poucos restos,
Em sinal do que foi,
Ainda estarás perto e bem no interior
Eu vou amar-te.
Vou amar-te, vou amar-te,
Ao toque de uma memória,
Vou amar-te, vou amar-te,
Até ao último momento,
Ainda estarás perto e bem no interior,
Vou amar-te.
Apesar de tudo, sempre
Eu vou amar-te.