Só me lanço
Em marés de fantasias;
Vou no tempo,
Toco o sol, faço magias!
Sem parar
Gira e gira o pensamento
E chove no Estio
E no Inverno, há vento.
Tanto faz
Se vão longe, eu fico perto...
Sou a mesma
Neste gosto em que desperto.
Lá vai dado
Que lhe dizem timidez,
Que em meu corpo gira
Sangue português!
Talvez por isso
Amo a voz do fado,
De canto alegre
Ou tom magoado...
E sinto a força
Que vem dessa mente
Que não se cala
E nunca mente!
[Refrão:]
Ó-ai! Ó-ai!
Toquem, guitarras!
Toquem o fado!
Ó-ai! Ó-ai!
Cantem, fadistas,
Em qualquer lado!
Nos sonhos
Em que me embalam
São laços desse passado...
Ó-ai! Ó-ai!
Talvez por isso
Eu amo o fado!
Na loucura
Das loucuras que são minhas,
Subo aos céus,
Vôo como as andorinhas!
Mas os noivos
Que me abraçam devagar,
São estrela na noite:
Vi-a madrugar!
Tanto faz
Se vão longe, eu fico perto...
Sou a mesma
Neste gosto em que desperto.
Lá vai dado
Que lhe dizem timidez,
Que em meu corpo gira
Sangue português!
Talvez por isso
Amo a voz do fado,
De canto alegre
Ou tom magoado...
E sinto a força
Que vem dessa mente
Que não se cala
E nunca mente!
[Refrão:]
Ó-ai! Ó-ai!
Toquem, guitarras!
Toquem o fado!
Ó-ai! Ó-ai!
Cantem, fadistas,
Em qualquer lado!
Nos sonhos
Em que me embalam
São laços desse passado...
Ó-ai! Ó-ai!
Talvez por isso
Eu amo o fado!
Talvez por isso
Eu amo o fado!