Eu quero andar sem pés no chão
Talvez sim, talvez não
Ser uma conta certa e errada
Ser tudo, ser nada.
Escrever sem nada pra dizer
E falar só por querer
Num contrassenso todo imenso
Sou eu, quando penso
Certeza inquieta, que aperta que oprime e liberta
Que às vezes acerta
Sou Dual
Puxar meu barco pela areia
Volta e meia, desistir
Dar-me a quem me quer ver feia
De quem me vê, fugir.
Dona dos meus devaneios
Imperfeita perfeição
Carrego mil e um anseios
No peito e nas mãos
Certeza inquieta, que aperta, que oprime e liberta
Que às vezes acerta
Sou Dual
Ser livre de perder-me ao vento
Talvez sim, talvez não
Ser duas num só sentimento
Meu sim diz que não