Porque é que eu vivo, porque é que eu morro?
Porque é que estou a rir, porque é que estou a chorar?
Eis o S.O.S
Dum terráqueo aflito.
Eu jamais tive os pés na terra;
Preferiria ser um pássaro,
Pois não sinto-me bem comigo próprio.
Eu quiser enxergar o mundo às avessas
No caso dele ser mais belo,
Mais belo de lá de cima...
De cima...
Sempre confundi a vida
Com as bandas desenhadas;
Tenho desejos duma metamorfose,
Eu sinto algo
Que me puxa,
Que me puxa,
Que me puxa para cima.
Na grande lotaria do universo
Eu não obtive o número da sorte;
Não sinto-me bem comigo próprio.
Eu não tenho vontade de ser um robô:
Metro, labuta, dormir...
Porque é que eu vivo, porque é que eu morro?
Porque é que estou a rir, porque é que estou a chorar?
Acho que capto as ondas
Chegadas doutro mundo.
Eu jamais tive os pés na terra;
Preferiria ser um pássaro,
Pois não sinto-me bem comigo próprio.
Eu quiser enxergar o mundo às avessas;
Preferiria ser um pássaro...
Dorme, meu neném, dorme...