Que não conheceu
Dores imensas
Terá apenas um vislumbre
Do tempo
A mão lenta
Esteja nevando ou ventando
A onipresença
Ressalta sua ausência
Em qualquer lugar
Quem não conheceu
O reino instável
Que não perdeu
Não conhece a dor
Sem reservas, de tudo
Nem deus, nem ódio, não importa
Mais soberba, tenho tudo
De dor
Uma invasão de trevas
Se eu tivesse ao menos
Visto de novo seu rosto
Entrevisto de longe
De qualquer nuvem
Mas são àqueles
Que se levantam
São ditos para terem esperança
Daqueles que dizem que sangram
Sem um adeus para acreditar
E eu, porque existo?
Quando o outro diz, eu morro
Porque nada mais agita
Seu coração
Todos meus demônios
Os mais hostis
Quebram as vozes
As mais frágeis
De todos meus anjos
Os mais devotos
E eu, uma alma perdida
Noiva da escuridão