Muito lenta, vagarosa
e sem pressa de passar,
passa a noite misteriosa neste bar.
Em reflexos sinuosos,
em matrizes de cetim,
na memória dos teus dedos sobre mim.
Tudo me trás onde me vês,
este lugar onde a noite
não tem pressa de passar.
Tudo me trás de novo a este bar
e à memoria dos teus dedos sobre mim.
Já cansei de fugir,
de tentar me enganar,
volto sempre, sempre aqui, a este bar.
O teu nome desenhado
a fogo sobre o balcão,
incendeia a noite escura a escuridão.
Tudo me trás de novo aqui a este bar
e a memória dos teus dedos sobre mim.
A memória dos teus dedos sobre mim.