S.O.S. S.O.S.
S.O.S. S.O.S.
S.O.S. S.O-Será que tu choras?
Uma história curta de uma tarde calma na frieza de dezembro
Será que foi fruto do acaso ou será que Deus estava presente?
Tem um gosto de lágrimas lá no fundo quando eu falo de ti
É como um apelo às armas, uma ligeira vontade de bagunçar
Como um desejo de jogar pelos ares cada tarde que eu passo
Tu me torturas, eu te tenho na carne, quando eu os vejo se aproximarem
Tu, que eu admiro por ter me deixado em benefício da tua moral
Deus, como minha caneta gostaria de te atingir se tu me escutares no carro!
Eu quero te tocar, eu quero te alcançar
Eu quero que as lágrimas corram pelo teu rosto
E o medo que eu sinto cada dia que tu não estás aqui
Eu sei que tu me olhas, ontem eu te vi no céu
Vejo tuas costas, vejo tua nuca, vejo teus lábios na minha sombra
Teu carisma e teus ombros que eram minhas armaduras no mundo
Eu os perdi, então minha vida é um tédio sem meu cara!
Que se apaguem todas as luzes porque depois de ti eu fiquei cega
E apesar do passar do tempo
Do amor, dos homens que me cantam
Na minha cabeça só há espaço pra ti
Eu caminho sobre teus traços, não importa o que eu faça
Eu dedico ao ser amado estas cartas de nobreza
Onde quer que estejas neste planeta, eu te envio um SOS
S.O.S., S.O. S.O. S.O-Será que...
S.O. S.O.S. S.O.S. S.O.S. S.O.
S.O-será que tu choras lá no fundo como eu?
A essa altura eu me pergunto se tu ainda pensas no meu olhar
O mesmo que te devorava e te atrasava pra sair
O mesmo contra o qual lutavas com corpo e alma
SO-Será que tu pensas em mim nos braços da tua mulher?
Espero que sim, eu sei que é pecado, mas é mais forte que eu
Eu tentei te detestar mas eu desconheço o ódio
Conheces-me melhor que ninguém, apesar do meu passado com os homens
Continuo sendo tua bonequinha, aquela que te amava por horas no telefone
Eu não mudei, não não, eu apenas retomei minha rota
Aquela que me distancia de nós, aquela que me mata de dúvidas
Deveria ter lutado, te movido, te forçado a casar comigo
te empurrado para o divórcio e te provado o meu amor?
Será que eu deveria? Mas tudo isso é muito delicado
Será que eu teria suportado ser aquela que te conduz ao advogado?
Poderia eu viver decentemente, sabendo que ela chora enquanto eu te amo?
Que se apague o tempo, não posso viver nestas condições
E apesar do passar do tempo
Do amor, dos homens que me cantam
Na minha cabeça só há espaço pra ti
Eu caminho sobre teus traços, não importa o que eu faça
Eu dedico ao ser amado estas cartas de nobreza
Onde quer que estejas neste planeta, eu te envio um SOS
S.O.S., S.O. S.O. S.O-Será que...
S.O. S.O.S. S.O.S. S.O.S. S.O.
S.O-será que tu choras lá no fundo como eu?
Nesta fria tarde de inverno, tenho o teu coração no meu
Eu penso em ti ontem, eu penso em ti amanhã
Então faço rap do que me resta das lembranças e correntes
Porque estou presa ao teu ser e vou cantar isso no palco
Que se apaguem as luzes, que o público seja comigo
Tu vais estar lá na frente do palco quando eles cantarem pra ti?
Será que eu vou te ver entre as pessoas chorando lágrimas de razão?
Tu, que vais rezar pra que minha música nunca entre nas paradas
Todas as mulheres que se respeitam já conheceram o proibido
Mas se eu te amo de morrer, é que Deus me permitiu
Estabeleci um contrato com arrependimentos, tu querendo ou não
Depois de ti eu vivo em revogação, completamente só no mundo
Depois de ti eu me sinto bela, aos teus olhos me sinto leve
Pequena rainha, sem ti eu reino, mas o castelo está deserto
Que desliguem a música, eu vou fingir que tu estás aqui
E se Deus ouve tuas preces, eu vou terminar com uma a capella
S.O.S., S.O. S.O. S.O-será que...
S.O. S.O.S. S.O.S. S.O.S. S.O.
S.O-será que tu choras lá no fundo como eu?