Eu sonho com seu rosto, eu recuso seu corpo
E depois eu te imagino vivendo em minha decoração
Se eu soubesse falar, eu teria tanto para dizer para ele
Como fazer para ele ler meus pensamentos até o fundo?
Mas como esses que tem tudo conseguem?
Que alguém me dissesse meus erros e quimeras1
Eu ofereço minha alma, meu coração e todo o meu tempo
Mas eu posso dar tudo, esse tudo não será o bastante
Se bastasse a gente se amar, se bastasse amar
Se nós mudássemos um pouco as coisas, nada do que amamos seria dado
Se bastasse a gente se amar, se bastasse amar
Eu faria deste mundo um sonho, uma eternidade
Eu sangro em meus sonhos, uma pétala seca
Quando as lágrimas de outros me mordem
A vida nunca é à prova de água, a minha ilha está sobre os ventos
As portas, mesmo fechadas, deixam entrar gritos
Em um jardim, a criança está em uma sacada cheia de flores
Minha vida calma é onde todos os corações batem
Quando as nuvens se escurecem, são presságios de desgraças
Quais armas respondem aos países de nossos medos?
Se bastasse a gente se amar, se bastasse amar
Se nós mudássemos um pouco as coisas, nada do que amamos seria dado
Se bastasse a gente se amar, se bastasse amar
Eu faria deste mundo um sonho, uma eternidade
Se bastasse a gente se amar, se bastasse amar
Se nós pudéssemos mudar as coisas e recomeçar tudo
Se bastasse a gente se amar, se bastasse amar
Nós faríamos deste sonho, um mundo
Se bastasse amar
1. Figura mística caracterizada por uma aparência híbrida de dois ou mais animais e a capacidade de lançar fogo pelas narinas