Espera, sempre essa espera
de branco a cinza ao preto
esse ano foi escuro.
E os lírios caem de uma janela em Vasterås durante a noite
escuto tua risada.
Nas plumas, folhas de palmeira e cruzes
que ali tremulam no vento, soando como vozes roucas
daqueles que criam anúncios, agitam zumbis a sair de suas sepulturas
dê-me algo parecido.
Saudade, sempre essa saudade, longe daqui
longe, longe daqui
e as rosas perdem novamente as petalas
como se seu sangue chorassem, pois a vida é tão curta.
E as pessoas em suas casas tranquilas e trancadas
espreitam por cortinas e olham para a rua
com olhos com medo de tudo que pode acontecer
embora já tenha acontecido.