Nas distâncias
Que me afogam, sem te ter
Não amanheço.
Revestida dum desejo
Que enlouquece
A triste espera.
Nos silêncios
Que me fazem estremecer,
Jamais te esqueço!
És meu leito proibido,
Que enternece
A primavera...
E, de longe, me sufocam os meu gritos!
Arcada e rouca...
Arcada e rouca...
Se em teus braços aprender eu sofrear
Quem dera tê-los!
Quem dera tê-los!
Recostada nas marés dos meus conflictos,
Como uma louca...
Como uma louca...
Vou gozar dos teus prazeres sem me acatar
Para bebê-los!
Para bebê-los!
[Refrão:]
E assim, num rasgo de intenção,
Tudo acontece
Quando o teu corpo
Invade o meu sofregamente!
Como se já mais de mil vezes
Eu fizesse,
Respiro em ti
Sopros de vida, lentamente...
Mudas, eu sinto,
Esse tempo vivido
E, de asas soltas,
A vertigem
De prazeres...
Na languidez
Desse momento acontecido,
Vogo contigo
Sem sequer
Te conhecer!
[Refrão:]
E assim, dum rasgo de intenção,
Tudo acontece
Quando o meu corpo
Inventa o teu, sofregamente!
Como se já mais de mil vezes
Eu fizesse,
Respiro em ti
Sopros de vida, lentamente...
Nas distâncias
Que me afogam, sem te ter
Não amanheço...