Qualquer dia vou mudar-me,
Qualquer dia, não ouvir a minha alma
Ensurdecer aos apelos mais sensíveis
E assim o coração endurecer
Qualquer dia fecho a mão,
Que teimosa fica aberta ao que vier,
Na vida a história é muito mais em prosa,
Que poemas que mais ninguém quer escrever
Se isso me faz sentir tão vazia,
Na inocência em que nasci e em mim ficou,
Qualquer dia, vou mudar-me qualquer dia,
Mas não hoje, que ainda teimo em ser quem sou!