Eu me dissolvia em ternura
Meus lábios tremiam de carinho
No campo da infinitude nevada
Eu soluçava sem cessar
Será que eu devo me resignar ao destino?
Será que eu devo definhar de saudade?
Uma poção de amor
Eu cozinho no caldeirão
E eu caí aos pés
Do senhor da desgraça
Para que ele levasse a minha alma
Me desse uma curta felicidade
Um carinho compartilhado
O calor dos teus abraços
Aquele estremecimento singular
Que é um só para nós dois
A comunhão de desejos
A compreensão sem palavras
Um fluxo de toques recíprocos
A inspiração dos dons
Com as palavras mágicas
A erva germina
De tormentos enlouquecidos
A cabeça começa a zumbir
A poção do amor
Entra em ebulição no caldeirão
Eu não tenho medo de, por causa dela,
Perder a vida em uma fogueira
Deixe que na chama frenética
Eu desapareça, vire cinzas
Mas parece que eu não serei a desejada
Mesmo a esse preço
Os encantamentos são impotentes
Lastimável o entorpecente da bruxa
A poção dо amor
Derramо para os demônios
A poção dо amor
Derramо para os demônios