Se deixaste de ser minha
Não deixei de ser quem era
Por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera
Por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera
Como vês não estou mudado
E nem sequer descontente
Conservo o mesmo presente
E guardo o mesmo passado
Conservo o mesmo presente
E guardo o mesmo passado
Eu já estava habituado
A que não fosses sincera
Por isso eu não fico à espera
De uma emoção que eu não tinha
Se deixaste de ser minha
Não deixei de ser quem era
Se deixaste de ser minha
Não deixei de ser quem era
Vivo a vida como dantes?
Não tenho menos nem mais
E os dias passam iguais
Aos dias que vão distantes
E os dias passam iguais
Aos dias que vão distantes
Horas, minutos, instantes
Seguem a ordem austera?
Ninguem se agarre à quimera
Do que o destino encaminha?
Pois por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera
Pois por morrer uma andorinha
Não acaba a primavera