Eu fui de Lisboa a Sintra
À casa da tia Jacinta
Pra me fazer uns calções
Mas a pobre criatura
Esqueceu-se da abertura
Para as minhas precisões1
Ponha aqui o seu pezinho,
devagar, devagarinho,
Se vai à Ribeira Grande
Ponha aqui o seu pezinho,
devagar, devagarinho,
Se vai à Ribeira Grande
Eu tenho uma carta escrita,
para ti, cara bonita,
não tenho por quem a mande.
Eu tenho uma carta escrita,
para ti, cara bonita,
não tenho por quem a mande.
Toda a moça que é bonita,
se ela chora, se ela grita,
nunca houvera de nascer.
É como a maçã madura
na quinta do padre cura.
todos a querem comer.
Ponha aqui o seu pezinho,
devagar, devagarinho,
entre a folha e o papel.
Ponha aqui o seu pezinho,
devagar, devagarinho,
entre a folha e o papel.
Não há ilha mais bonita,
Não há ilha mais bonita
do que a de S. Miguel
Não há ilha mais bonita,
Não há ilha mais bonita
do que a de S. Miguel
Eu nasci à sexta-feira,
com barbas e cabeleira,
mais parecera o anticristo.
Que até o Sr. padre cura,
homem de grande sabedura,2
nunca tal houvera visto.
Ponha aqui o seu pezinho,
devagar, devagarinho
fica aqui que eu vou lá dentro.
Ponha aqui o seu pezinho,
devagar, devagarinho
Fica aqui que eu vou lá dentro.
Não há terra mais bonita,
Não há terra mais bonita
do que a do Livramento.
Não há terra mais bonita,
Não há terra mais bonita
do que a do Livramento.
1. necessidades2. sabedoria