Há momentos em que
As sombras se dissipam
A dor se imobiliza
Há momentos em que
Quando o ser "se invencibiliza"
A lepra se inclina
Mas se eu tivesse podido ver que um dia
Eu serei quem você persegue
Para vencer a incerteza
Aprisionar minha solidão
Há momentos em que
As notas se soltam
As lágrimas se apagam
Há momentos em que
Quando a lua está pálida
O ser "se monasticaliza"
Mas eu vagueio como uma luz
Que o vento apagou
Minhas noites já não tem mais pálpebras
Para acalmar um a um
Meus medos de não ser nada além de uma
Não tenho tempo de viver
Quando foge meu equilíbrio
Não tenho tempo de viver
Ame-me, entre em mim
Diga-me as palavras que embriagam
Diga-me que a noite se esconde
Veja que eu sou como o mar
Que se retira por não ter
Sabido encontrar seus passos
Há momentos em que
Meus pensamentos são fracos
Um mármore sem veias
Há momentos em que
Já não somos mais deste mundo
E já não nos reconhecemos mais
Diga de qual chave eu preciso
Para encontrar sua estrela
Eu precisaria de sua mão
Para sufocar um a um
Meus medos de não ser nada além de uma