[Estrofe:]
Vivo afundada em simetria
No meu anonimato
Je t’adore, ma vie tres difficile1
Levo horas aperfeiçoando o trabalho
Nesta sala de desconexão2
Só preciso dos manequins e de mim
Do tecido direto de um braço a outro
Resgatando meu coração dos danos sofridos
Tudo o que vejo expressa refinamento
Radicalmente falando, esses são meus sonhos de moda
Homens de terno e modelos gritam
A fama não passa de pressão
Que comentem sobre minha atitude fria
A beleza tem um preço que é pago pela avareza
[Refrão:]
Onde estou
Ficarei sozinha
Não preciso do dinheiro
Mas me faz muita falta
Estas duas mãos
Jamais lamentarão
Prefiro que não me amem
A que queiram demais.
[Estrofe:]
Ao viajar, eu esqueço
Cada arrependimento
Há só uma missão e solitária
À minha causa devotarei
Toda a minha paixão, nota a nota
Para criar e encher este vazio.
A liberdade que sob isso
Que ela caia e eles respirem
Corpos não são feitos para ficarem tão atados
Sou a dançarina da dança
Deixe as socialites nas mãos dela
Deixe que elas me amem quando estou longe
Quando estiverem falando da minha conduta
Deixarei que coloquem lenha na fogueira e depois apaguem o fogo
[Refrão:]
Onde estou
Ficarei sozinha
Não preciso do dinheiro
Mas me faz muita falta
Estas duas mãos
Jamais lamentarão
Prefiro que não me amem
A que queiram demais.
[Ponte:]
Desaparecendo aos poucos, enquanto vivo isolada
Corre o boato de que parti
Que isso lhes sirva de lição
Os que me apreciam não os deixarão esquecer
[Refrão:]
Onde estou
Ficarei sozinha
Não preciso do dinheiro
Mas me faz muita falta
Estas duas mãos
Jamais lamentarão
Prefiro que não me amem
A que queiram demais.
1. Adoro-te, minha vida dificílima. Em francês no original.2. Provavelmente, o ateliê do eu-lírico.