Bocados de papel perdem-se no mar.
Ventos que os levam rumo ao azar.
Que branco é o passado,
Que triste o porvir,
Cheio de perguntas que não chegam ao seu fim.
Quem controla o ar?
Quem rasga as folhas
Daquelas palmeiras
Que choram?
Quem controla o tempo
Que perdem sozinhas?
Quem tece as redes que as afogam?
Navegarei a dor,
Um barco sem leme
Levando as memórias da vida que deixou
O céu verde e cinzento.
A neve de marfim
Cai sobre o sonho
Que, uma vez, pude viver.
Mas quem controla o ar?
Quem rasga as folhas
Daquelas palmeiras que choram?
Quem controla o tempo
Que perdem sozinhas?
Quem tece as redes que as afogam?