O branco não é uma cor:
é o que o carvão revela,
o carvão tão branco, apesar
do negro com que opera.
Talvez o branco seja apenas
forma de ser, ou seja
a forma de ser que só o pode
na mais dura pureza.
E embora negro e branco sempre
nos opostos se vejam,
a instabilidade dos dois
é de igual natureza:
ambos têm a limitação
(se pólos na aparência)
glandular, de só conseguirem
viver na intransigência.