Como lâminas, as asas pelo céu vão cortando,
Se apenas até o mar, vão voando,
Vão cobrindo sonhos e a a onda
Como uma poeira dourada de estrada.
Andorinhas pelo mundo a flutuar,
O verão na alma suavemente a entrar,
Dentro do coração, minha velha lira
Desperta fontes de melodias.
E não é preciso falar sobre sonhos e confiança,
Sobre a lâmina cravada em minhas costas,
O vento irá minhas perdas varrer,
E do teu nome ajudará a me esquecer...
Até logo, estrangeiro desconhecido,
Até logo, pelo terceiro mundo.
As andorinhas voam para oeste,
Se o vento sopra do leste.
Se há pérolas na palma de minha mão,
Se a onda se abate sobre o meu coração,
Se tu também me entendeste,
Esquece-me e não me chama nunca mais!
Vai-te embora pela tua estrada,
Lá o ferro está junto do sândalo -
Tudo é teu, e eu tenho apenas migalhas,
De qualquer alguém a canção inacabada...
Vai-te embora, vai-te embora, ouviste,
Como uma canção imponderável, dourada,
Deixa-me voar mais alto e esquecer,
Deste amor doente, renascer.
E não é preciso falar de sonhos ou de confiança,
Da lâmina cravada em minha costas,
O vento irá minhas perdas varrer,
E de teu nome ajudará a me esquecer...