O tambor a tocar sem parar,
Num lugar onde a gente se entrega,
O suor do teu corpo a lavar a terra.
O tambor a tocar sem parar,
O batuque que o ar reverbera,
O suor do teu rosto a lavrar a terra.
Logo de manhãzinha, subindo a ladeira já,
Já vai a caminho a Maria-Faia...
Azinheiras de ardente paixão
Soltam folhas, suaves, na calma
Do teu fogo brilhando a escrever na alma.
Estas fontes da nossa utopia
São sementes, são rostos sem véus,
O teu sonho profundo a espreitar dos céus!
Logo de manhãzinha, subindo a ladeira já,
Já vai a caminho a Maria-Faia;
Desenhando o peito moreno um raminho de hortelã,
Na frescura dos passos a eterna paz do Poeta.
Uma pena alumia o viver
De outras penas de esperança perdida;
O teu rosto sereno a cantar a vida!
Mil promessas de amor verdadeiro
Vão bordando o teu manto guerreiro,
Hoje e sempre serás o primeiro canto!
[Instrumental]
Ai, o meu amor era um pastor (o meu amor)!
Ai, ninguém lhe conheceu a dor...
Ai, o meu amor era um pastor Lusitano...
Ai, que mais ninguém lhe faça dano!
Ai, o meu amor era um pastor verdadeiro,
Ai, o meu amor foi o primeiro!
Estas fontes da nossa utopia
São sementes, são rostos sem véus,
O teu sonho profundo a espreitar dos céus!
Mil promessas de amor verdadeiro
Vão bordando o teu manto guerreiro:
Hoje e sempre serás o primeiro canto!
La ra la la ra ri lo lei ro...