Uma moça colocou os trapos no chão
Espalhou cartas de paus pelos cantos
A moça perdeu a alegria pela primavera
Esqueceu os brincos de contas para os convidados
Pelos olhos passa a luz branca como pó ardido
Pelos ouvidos o verso branco como um trinado falso
Pelos campos a neve branca como um xale esburacado
Pelas manhãs um sonho branco como uma traça cansada
Descortinou-se uma parede de verdade feminina
O silêncio se desfez em lágrimas, sacudido
Por palavras simples alheias como por mãos
Sobre pés firmados, sobre as cabeças
E no copo rachado está o velho chá
Os velhos assuntos não bastaram pra decolar
Fotografias em que há estrelinhas e sonhos
Como fazer com que tudo fique bom?!
Tudo o que ocorrera, tudo eu mesma lembrei
Um gatinho esfregou o peitoril com a cauda
Os noivos trouxeram um pouquinho de conhaque
Os noivos explicaram o quê é o quê
Quem está sentado embaixo do postigo? Expulse-o!
De noite o frio ganhou velocidade vindo do rio Ob
Lembrem-se com mais frequência do seu amorzinho
Quando o vento mal curva um galho
E o carvalhal não faz barulho