Ah, não é a poeira o que assenta na estrada da floresta.
Ah, não vá e não toque a desgraça, donzela.
Não desperte o encanto,
Vire-se, não olhe –
Que se casem a serpente e sua fêmea.
Não conhecia o mal, não escondeu os olhos da desgraça.
Você mesmo é culpada, donzela, de agora ser nossa!
Sobre a névoa dos campos –
Lá aguarda o rei serpente,
A ele você está prometida.
Segure-me,
Numa cama de seda me faça deitar.
Acaricie-me,
Não me mande ir sozinha buscar água... (x2)
Buscar água sozinha...
Eu não saberei descobrir uma poção venenosa,
Não ouso levantar para ti o ouro no meu olhar.
A crosta de escamas
Para mim, no outono, é uma queimadura
Sair atrás das serpentes.
Em meio ao pó sob a cortina ouço a voz da serpente...
Olhos dourados cheios de fome na máscara de meio rosto...
Ele me chama de baixo:
“Querida, desça ao chão,
Eu te abraçarei em trinta e três anéis!”
Segure-me,
Numa cama de seda me faça deitar.
Acaricie-me,
Não me mande ir sozinha buscar água... (x2)
Não me mande ir sozinha buscar água...
Não me mande, não me mande buscar água
Segure-me,
Numa cama de seda me faça deitar.
Acaricie-me,
Não me mande ir sozinha buscar água... (x4)
Não me mande ir sozinha buscar água...
Buscar água sozinha...
Segure-me!