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Negro Drama lyrics
Negro Drama lyrics
turnover time:2025-04-21 03:12:40
Negro Drama lyrics

[Verse 1: Edi Rock]

Negro Drama, entre o sucesso e a lama

Dinheiro, problemas, inveja, luxo, fama

Negro Drama, cabelo crespo e a pele escura

A ferida, a chaga, à procura da cura

Negro Drama, tenta ver e não vê nada

A não ser uma estrela longe meio ofuscada

Sente o drama, o preço, a cobrança

No amor, no ódio, a insana vingança

Negro Drama, eu sei quem trama e quem tá comigo

O trauma que eu carrego pra não ser mais um preto fodido

O drama da cadeia e favela

Túmulo, sangue, sirene, choros e velas

Passageiro do Brasil - São paulo, agonia

Que sobrevivem em meio a zorras e covardias

Periferias, vielas, cortiços

Você deve tá pensando o que você tem a ver com isso

Desde o início por ouro e prata

Olha quem morre, então veja você quem mata

Recebe o mérito a farda que pratica o mal

Ver o pobre preso ou morto já é cultural

Histórias, registros, escritos

Não é conto nem fábula, lenda ou mito

Não foi sempre dito que preto não tem vez?! Então

Olha o castelo e não foi você quem fez, cuzão

Eu sou irmão dos meus trutas de batalha

Eu era a carne agora sou a própria navalha

"Tim-Tim", um brinde pra mim

Sou exemplo, de vitórias, trajetos e glórias

O dinheiro tira um homem da miséria

Mas não pode arrancar de dentro dele a favela

São poucos que entram em campo pra vencer

A alma guarda o que a mente tenta esquecer

Olho pra trás, vejo a estrada que eu trilhei, mó cota

Quem teve lado a lado e quem só ficou na bota

Entre as frases, fases e várias etapas

Do quem é quem, dos mano e das mina fraca

Negro Drama de estilo

Pra ser, se for, tem que ser, se temer é milho

Entre o gatilho e a tempestade

Sempre a provar que sou homem e não um covarde

Que Deus me guarde, pois eu sei que ele não é neutro

Vigia os rico, mas ama os que vem do gueto

Eu visto preto por dentro e por fora

Guerreiro, poeta entre o tempo e a memória

Nessa história vejo o dólar e vários quilates

Falo pro mano que não morra e tambem não mate

O "Tic-Tac" não espera, veja o ponteiro

Essa estrada é venenosa e cheia de morteiro

Pesadelo? é um elogio

Pra quem vive na guerra a paz nunca existiu

No clima quente a minha gente soa frio

Vi um pretinho, seu caderno era um fuzil

[Interlude: Mano Brown]

Crime, futebol, música, caralho..

Eu também não consegui fugir disso aí

Eu sou mais um

Forrest Gump é mato

Eu prefiro contar uma história real

Vou contar a minha...

[Verse 2: Mano Brown]

Daria um filme, uma negra e uma criança nos braços

Solitária na floresta de concreto e aço

Veja, olha outra vez o rosto na multidão

A multidão é um monstro sem rosto e coração

Hey, São paulo! Terra de arranha-céu

A garoa rasga a carne, é a Torre de Babel

Família brasileira, 2 contra o mundo

Mãe solteira de um promissor vagabundo

Luz, câmera e ação! Gravando a cena vai

Um bastardo, mais um filho pardo sem pai

Hey, Senhor de engenho, eu sei bem quem é você

Sozinho cê num guenta, sozinho cê num guenta, a pé

Cê disse que era bom e as favela ouviu

Lá também tem whiskey e Red Bull, tênis Nike e fuzil

Admito, seus carro é bonito

É, e eu não sei fazer Internet, vídeo-cassete, uns carro louco

Atrasado eu tô um pouco, sim, tô, eu acho

Só que vê que, seu jogo é sujo e eu não me encaixo

Eu sou problema de montão, de Carnaval à Carnaval

Eu vim da selva, eu sou leão, sou demais pro seu quintal

Problema com escola eu tenho mil, mil fita

Inacreditável, mas seu filho me imita

No meio de vocês ele é o mais esperto

Ginga e fala gíria. "Gíria não, dialeto"

Esse não é mais seu ... Subiu

Entrei pelo seu rádio, tomei, cê nem viu

Nós é "isso", é "aquilo" O quê? Cê não dizia?

Seu filho quer ser preto, Há! Que ironia

Cola o pôster do 2Pac aí, que tal? que cê diz?

Sente o Negro Drama, vai, tenta ser feliz

Hey, bacana quem te fez tão bom assim?

O que cê deu, o que cê faz, o que se fez por mim?

Eu recebi seu tic, quer dizer kit

De esgoto a céu aberto e parede madeirite

De vergonha eu não morri, tô firmão, eis-me aqui

Voce não, cê não passa quando o Mar Vermelho abrir

Eu sou humano, homem duro, do gueto, Brown, Obá!

Aquele louco que não pode errar

Aquele que você odeia amar nesse instante

Pele parda e ouço funk, vim de onde vem os diamante

Da lama, valeu mãe, Negro Drama...

[Outro: Mano Brown]

Aí... Na época dos barraco de pau lá na Pedreira

Onde cês tavam? o que cês deram por mim? o que cês fizeram por mim?

Agora tá de olho no dinheiro que eu ganho?

Agora tá de olho no carro que eu dirijo?

Demorô, eu quero é mais, eu quero até sua alma

Aí, o Rap fez eu ser o que sou

Ice blue, Edi Rock e KL Jay, e toda a família

E toda geração que faz o rap, a geração que revolucionou

A geração que vai revolucionar

Nos anos 90 ou século 21, é desse jeito

Aí, você saí do gueto, mas o gueto nunca saí de você, morô irmão?

Voce tá dirigindo um carro, o mundo todo tá de olho em você, morô?

Sabe por quê? Pela sua origem, morô irmão?

É desse jeito que você vive, é o Negro Drama

Eu não li, eu não assisti

Eu vivo o Negro Drama, eu sou o Negro Drama

Eu sou o fruto do Negro Drama

Aí Dona Ana, sem palavras, a senhora é uma rainha, rainha

Mas aí, se tiver que voltar pra favela eu vou voltar de cabeça erguida

Porque assim é que é, renascendo das cinzas

Firme e forte, guerreiro de fé

Vagabundo nato!

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