Não gosto de janeiro nem do branco inverno dos diabos
em toda a neve vejo os mesmos vestígios,
Vestígios de pequenas pegadas, número 30 e quem sabe,
como andava devagar.
Não passo mais pela rua Dositej
e não tenho ideia quando alguém pergunta onde é isso.
Os duzentos e seis passos daquela viela
eu nunca contei.
Nunca te protegi,
nunca te bajulei, te cuidei.
Teu amor eu pisei,
tudo calculado.
Nunca te poupei
e nunca soube como parar e ficar.
O que será de mim,
meu anjinho?
Não vejo filmes dos inícios dos anos setenta
chega de lágrimas e despedidas tristes.
Quem produz tais coisas? O mundo só tem estranhos,
tão fáceis para chorar.
Nunca te protegi,
nunca te bajulei, te cuidei.
Teu amor eu pisei,
tudo calculado.
Nunca te poupei
e nunca soube como parar e ficar.
O que será de mim,
meu anjinho?