Parado no trânsito infernal da cidade,
Já nem controlo a ansiedade.
A fila onde me encontro, pouco ou nada avança,
Só o relógio não se cansa.
Segunda-feira é o dia da maior confusão
E os outros dias tal e qual são.
E eu gasto uma hora de casa para o emprego,
No centro do desassossego.
Vou trabalhar logo pela manhã,
Mas, por este andar, só hei de chegar amanhã.
Vou dar em doido a viver sempre assim,
O dia é tão longo e eu já não respondo por mim.
(x2)
Sentado ao volante do meu carro, impaciente,
Insulto os outros mentalmente.
Subo o volume ao rádio para ouvir as notícias,
Sobre manif's e polícias.
Ontem houve confrontos em frente ao parlamento
E eu penso nisso um momento.
Até mesmo eu já me sinto agressivo,
A cidade engole-me vivo.
Vou trabalhar logo pela manhã,
Mas, por este andar, só hei de chegar amanhã.
Vou dar em doido a viver sempre assim,
O dia é tão longo e eu já não respondo por mim.
(x2)
(Rap - colocar óculos de sol) :)
Na cidade do Porto,
Já aperta um bocado,
Está o trânsito parado
Pelo despiste de um pesado.
Há gasóleo derramado
E é preciso de ter cuidado
Na saída para o mercado abastecedor.
E a brigada de trânsito
Pede encarecidamente
À montanha de gente
Que queira ver o acidente
Que controle a sua mente
E que, educadamente,
Simplesmente, siga em frente, por favor.
E se está na capital do nosso país,
A loucura é a matriz,
Hoje há greve da Carris.
Se viver na aldeia,
Tudo aquilo que sempre quis,
Faça um grande sorriso
E finja que é feliz.
A segunda fila está na ponte do Pragal,
Na segunda circular é o caos matinal.
Se está a vir da Amadora para a capital,
Está tudo entupido como o habitual!
(Ohh... ohh...)
Vou trabalhar logo pela manhã,
Mas, por este andar, só hei de chegar amanhã.
Vou dar em doido a viver sempre assim,
O dia é tão longo e eu já não respondo por mim.
(x2)
Não respondo por mim...
(x3)