Os marinheiros aventureiros
São sempre os primeiros na terra ou no mar
Ao ver as belas pelas janelas
Soltam logo as velas para as conquistar
Ao navegar sobre as ondas desde Goa
Nós viemos a pensar
Nas meninas de Lisboa
Desembarcados, mesmo assim, os marinheiros
Vamos ficar ancorados
A uns olhos traiçoeiros
Salgadas pelo mar as nossas bocas vêm
Vêm procurar o mel que os beijos têm
Que é tão bom para as adoçar
Largamos vela da ribeira de Panjim
A pensar numa janela
Enfeitada de alecrim
Entrando a barra, mal a nau chega a Belém
O marujo deita amarra
À mulher que lhe convém
A marinhagem ao saltar dos escaleres
Quando chega da viagem
Põe-se à pesca das mulheres
Deita o arpão sem saber se é linda ou feia
Vem às vezes um peixão
Outras vezes vem baleia