A manhã chega, gelada e nublada, sobre os lençóis
Nem 8 horas de sono ajudam a melhorar o mal tempo lá fora e aqui dentro
Já não sei se existo só de corpo ou também de alma
Cai um raio e começa a chover forte... O coração dispara.
Só na chuva posso ver o reflexo de minhas inúmeras lágrimas
E cada hora que cai é uma lembrança que sai da minha mente cansada
Da janelo vejo os mesmos fantasmas do passado
Que se movem e observam ao ritmo do velho vento
Ligo o computador mas nem consigo mexer o mouse
É uma manhã cinza como meu estado de ânimo
A mesa bagunçada à minha frente me pressiona mais
A xícara de café na minha mão, do nada, começa a tremer...
Mas em cada gole de café posso acalmar todo o meu estresses
Eo doce aroma acalma meus demônios profundos como uma melodia
Na rua posso ver meus grandes erros, tropeços, caídas e fracassos
Que tomam a forma de toda pessoa que pasa
Avisos do WhatsApp, do Facebook, do trabalho e da faculdade
Não sei como ainda não entrei em desespero
A xícara de café quase cai da minha mão
O único calor que eu sentirei hoje
Na mesa, há um livro novo por abrir
Esperando que o primeiro capítulo seja lido
Mas aqui estou, segurando minha xícara de café entre os dedos
Enquanto a brisa perfuma o ar como se fosse uma flor primaveral