À beira do teu destino,
Pousei o meu coração.
Perdeste-o pelo caminho:
Ai, a minha solidão!
Nasceu uma rosa negra
Junto ao muro do Calvário;
Abre quando a noite chega
No meu peito solitário!
Revivendo o que me espera,
Vou e venho desde sempre.
Minha estrada de quimera
À saudade sempre rente!
Neste palco iluminado
Bate meu coração perfeito.
Hoje à noite, canto o fado
«Rosa negra no meu peito»!