Com o seu chicote, o vento
Quebra o espelho do lago.
Em mim, foi mais violento
O estrago
Porque, o vento, ao passar
Murmurava o teu nome...
Depois de o murmurar, deixou-me.
Tão rápido passou,
Nem soube destruir-me
As mágoas em que sou
Tão firme!
Mas, a sua passagem
Em vidro recortava
No lago, a minha imagem
De escrava.
Ó líquido cristal
Dos meus olhos sem ti,
Em vão um vendaval
Pedi!
Para que se quebrasse
O espelho que me enluta
E me ficasse a face enxuta.
Em mim, foi mais violento
O vento...