Mas se lá, sob o coração há gelo,
Então por que isso me atinge tão dolorosamente?
Não seria pelo gelo ter uma irmã -
A água fervente de que os paraísos são cheios?
O inverno vem após o calor,
Uma bola de neve nos dedos quentes,
E nenhum sonho errado pode velar nossa estrada
Na noite sob a asa invisível.
Nada irá sobrar de nós,
Para nós, talvez restemos apenas nós,
E entre nós bruxuleia chama alada
Como o amor nos tempos de inverno.
O granito cozinha, o centro gira,
Pois é um costume tão antigo,
Que seja dado a cada lâmina e navio um nome de donzela -
Que é que devemos fazer então?
Nada irá sobrar de nós,
Para nós, talvez restemos apenas nós,
E entre nós bruxuleia a chama alada,
Como o amor nos tempos de inverno.
Dirige então o teu olhar cego
Novamente à misteriosa parte que nos toca -
O gelo se torna vermelho ardente*
O amor assusta mais do que a guerra,
O amor machuca mais certeiro que o aço.
Certeiro porque tu por ti mesmo,
Corres para alcançar todos os ventos,
Então que seja dor e batalha eterna,
Não a celestial, não a terrena,*
Mas certamente contigo.
Nada irá sobrar de nós,
Para nós talvez restemos apenas nós,
E entre nós bruxuleia a chama alada,
Como o amor nos tempos de inverno.
Nada irá sobrar de nós,
Para nós, no máximo, restaremos nós,
E que bom que isso já não assusta,
E a chama dança
Como o amor nos tempos de inverno.
E que bom que isso já não assusta,
E a chama dança,
Como amor nos tempos de inverno.