Cautelosa ao passar
Cautelosa ao passar
Essa loba é especial
Observe-a, andando e andando
Quem é que nunca quis uma deusa da licantropia
Em meio ao ardor de uma noite romântica
Os meus uivos são o chamado
Quero um lobo domesticado
Até que enfim, achei um remédio infalível que limpa toda a culpa
Não penso em ficar ao seu lado assistindo TV e ouvindo desculpas
A vida me deu uma fome ávida enquanto você só me dá docinhos
Saio por aí, com as minhas pernas e minha juventude, ainda que você morra de ciúmes
[Refrão:]
Uma loba no armário
Morre de vontade de sair
Deixe que ela coma o bairro
Antes que você vá dormir
Tenho saltos de agulha magnética
Assim deixo a manada frenética
A lua cheia como uma fruta
Não dá conselhos tampouco os escuta
Carrego comigo um radar especial para encontrar caras solteiros
Se acaso eu me meto em apuros, também carrego comigo o número dos bombeiros
Nem os muito lindos, nem os fantásticos, nem os ricos, eu sei o que quero
Passar a noite muito bem, me comportando bem mal nos braços de algum cavalheiro
Uma loba no armário
Morre de vontade de sair
Deixe que ela coma o bairro
Antes que você vá dormir
Quando já é quase uma, a Lua saluda os céus
Duvida se ela andar pelas ruas ou entrar num bar e tentar a sorte
Já se sentou à sua mesa e passa a observar sua próxima presa
Pobre do desprevenido que não esperava uma dessas
Cautelosa ao passar
Cautelosa ao passar
Essa loba é especial
Observe-a, andando e andando
Deixe que ela coma o bairro
Antes que você vá dormir.