Há aqueles caminhos que não permitem voltar.
Numa praia estranha eu vigio a preamar.
Enganando as velas, o vento está quieto para sempre,
A água do mar se tornou um espelho plano.
Tornar-me uma fita em cabelos alheios,
Navegar em tua direção até o alvorecer, sem conhecer o medo,
É fácil escorregar feito seda em mãos queridas –
Lembre-se do meu nome, toque com a mão.
Eu iria ao (teu) encontro pelo fundo do mar,
Só que a agulha da velha bússola quebrou.
A vela chegou a se esburacar, graças aos astros abrasadores,
Sim, e o vento favorável pegou nojo de mim.
Vento, meu irmão, vento, por que se irritou?
Enterrarei a dor em mim mesma, e casarei com a tristeza.
Não é fácil ultrapassar as tempestades marítimas –
Lembre-se do meu nome, toque com a mão.
É o terceiro ano que eu estou chamando, e só o eco responde,
O vento me enganou, confundiu o teu rastro.
Só o aço dos teus olhos eu jamais esquecerei,
E a água do mar gelada no meu peito.
Tornar-me uma fita em cabelos alheios,
Navegar em tua direção até o alvorecer, sem conhecer o medo,
É fácil escorregar feito seda em mãos queridas –
Lembre-se do meu nome...
Vento, meu irmão, vento, por que se irritou?
Enterrarei a dor em mim mesma, e casarei com a tristeza.
Não é fácil ultrapassar as tempestades marítimas –
Lembre-se do meu nome, toque com a mão.
Lembre-se do meu nome, toque com a mão...