A malenconia das ruas perdidas
Que cheiram de mar,
Gentes que caminham e luar
Nas naus que partem;
Se fecho os meus olhos posso enxergar as ruas
Que percorremos
E escutar canções que falam desse fado
Que jamais encontramos.
Poemas no ar virão até cá,
Longe de Lisboa e longe de ti.
Amor lembrado, mágoa infinita...
Longe de Lisboa e longe de ti.
As roupas estendidas ao sol da tarde,
Bandeiras de ninguém,
As ruas nas ladeiras que vão para um céu
De azuis nitentes,
Praças com pombas, quiosques com cravos
E rosas alvas...
A cidade antiga preserva a memória
Dum tempo que se esvai.
Poemas no ar virão até cá,
Longe de Lisboa e longe de ti.
Amor lembrado, mágoa infinita...
Longe de Lisboa e longe de ti.
Amor lembrado, mágoa infinita...
Longe de Lisboa e longe de ti.