Tu pintaste tua saia de outra cor
Tu mudaste os botões da tua blusa
Fizeste parecer que tinhas os joelhos tortos do Djulai
Pra passares por mim e eu não te reconhecer
Entortaste o nariz, mudaste a voz
Deformaste até o teu dedão do pé
Tentaste fazer crer que só tinhas um olho
Puseste as sandálias nos pés trocados
E mesmo assim ainda estou preso a ti, menina
Estou preso a ti, menina eh eh eh eh
Mudaste teu caminho pra um outro vale
E começaste a desviar da tua rota comum
Correste de mim, pisaste na bosta
E o cachorro do fazendeiro te mordeu na bunda
Tentaste arranjar outro alguém pra eu sair do teu pé
Me fizeste severas críticas
Meteste meu nariz no xixi do gato
Me deste uma sopa de asa de gafanhoto!
E mesmo assim ainda estou preso a ti, menina
Estou preso a ti, menina eh eh eh eh
Estou preso a ti, estou preso a ti
Embaixo das tuas axilas, nos 7 orifícios da tua cabeça
Em cada passo que tu dás, estou preso a ti
Embaixo das tuas axilas, nos 7 orifícios da tua cabeça
Em cada passo que tu dás... estou preso a ti, menina
Tiraste as telhas da casa pra pôr betão
Puseste um azulejo na sala de jantar
Ariaste o chão da casa só pra eu escorregar
Pra eu cair e bater com o pescoço no chão
Abriste uma vendinha no mercado da Sucupira
E o pilantra que tomava conta de lá deu no pé!
Compraste um carrinho bem moderninho
Com dinheiro que tiraste não sei de onde!
E mesmo assim ainda estou preso a ti, menina
Estou preso a ti, menina eh eh eh eh
Compraste uma passagem e foste a Bissau
Foste me jogar um feitiço com um demônio de lá
Foste até o topo da rocha preta pra fazer um pacto
com o demônio para ele dar cabo de mim de vez
Mas as coisas não saíram como planejado e enlouqueceste
Tu te atiraste em mim e colocaste a mão na minha cintura
E aí percebeste que eu sou osso duro de roer
E pegaste tua boca e puseste na minha
Agora que eu não largo mesmo de ti, menina!
Estou preso a ti menina, eh eh eh eh
Estou preso a ti, menina, estou preso a ti
Embaixo das tuas axilas, menina...