Ele sai, louco de alegria,
Com sua carga, para a cidade, oh, para a cidade
Em seu pensamento ele leva
Um mundo cheio de felicidade, sim, de felicidade
Ele pensa em consertar a situação
Da casa que é toda sua ilusão
E o montanhês1, alegre, segue pensando assim
Dizendo assim, cantando assim pelo caminho
'Meu querido Deus, se eu vender toda a carga
Comprarei uma roupa para minha mãezinha'
E alegre
Sua égua também segue
Ao pressentir que seu canto
É como um hino de alegria
Com isso, a luz do dia a surpreende
E chegam ao mercado municipal
Ele passa a manhã inteira
Sem que ninguém queira
Comprar sua carga, oh, comprar sua carga
Tudo, tudo está deserto
O povo está morrendo de necessidade, oh, de necessidade
Se você ouvir este lamento por toda parte
Na minha infeliz Porto Rico, sim
E o montanhês, triste, segue
Pensando assim, dizendo assim, chorando assim pelo caminho
"O que será de Boriquén2, meu querido Deus?
O que será dos meus filhos e da minha casa?"
Boriquén2, terra do Éden
E que, ao cantar, o grande Gautier chamou a pérola dos mares
Agora que suas dores te matam
Deixe que eu cante também
1. 'Jíbaro' é um termo usado por porto-riquenhos para designar pessoas que moram nas montanhas e que são trabalhadores do campo, arrendadores de terras agrícolas ou meeiros2. a. b. Este é o nome antigo da ilha de Porto Rico. De acordo com a língua dos nativos, a palavra deve significar 'Terra dos senhores valentes'