Lá fora
Há uma tempestade que emaranha
Os fios que se enredavam
E não posso desembaraçar
Quem poderia?
Deixar a tormenta lá fora
Encontrar a ponta da corda
E andar sem o peso de errar
Eu quem sou?
O que é que esperava de mim?
Será sempre assim?
Que posso dizer
O que não havia lhe dito até agora?
Há tanto vento, tanto sopro
Que bate contra mim
Tanto medo, tanto confinamento
Que tenho que redimir em mim
Lá fora
Confundem amor com miséria
Os cabos se transformam em correntes
E o tempo não sabe esperar
Que poderia?
Pensar sem disfarce ou máscara
Acreditar que há alguma maneira
Perder e voltar a apostar
Eu não sou
O que os outros esperam de mim
Isso entendi
Sou algo que fui
Com algo que tento viver