Olhe nos meus olhos, me explique a vida
Porque faz trinta anos que eu não a entendo
Como se compreende o tempo e o futuro
O que construir, porque construir
Olhe nos meus olhos, me explique as coisas
Me explique porque eu não esqueço do meu primeiro amor
Por que eu brigo com quem me quer bem
Me diga porque o vento nunca leva embora a dor
Por que você não voltará
E o que o amor tem a ver com a prudência
Quando as memórias não têm mais paciência?
Nesta noite, nesta noite
De um verão congelante
As memórias nos acompanham
A ausência tem uma poesia
Nesta noite, nesta noite
Eu não me importo com nada
Se todo mundo mente
Enquanto o que é importante
É que você não é todo mundo
Olhe nos meus olhos, me explique o amor
Dizem que é autêntico o que sobrevive
Não ao tempo mas sim a todas as feridas
Que colecionamos na vida, como ímãs
De lugares para os quais você nunca voltará
E o que o amor tem a ver com a prudência
Quando as memórias não têm mais paciência?
Nesta noite, nesta noite
De um verão congelante
As memórias nos acompanham
A ausência tem uma poesia
Nesta noite, nesta noite
Eu não me importo com nada
Se todo mundo mente
Enquanto o que é importante
É que não é você mentindo
Não deixe o meu campo de visão, senti sua falta
Conversando parados, você não sabe o quanto eu te procurei
Então olhe nos meus olhos e encontre as palavras
Para me explicar como a sua ausência não te distanciou de mim
Não me distanciou de você
Nesta noite, nesta noite
De um verão congelante
As memórias nos acompanham
A ausência tem uma poesia
E eu não aprendi nada
Mas eu não me importo com nada
Se todo mundo mente
Enquanto o que é importante
É que você não é todo mundo