No desfile militar
Cuspiu nos olhos de um inocente
E quando ele perguntou "Por quê"
Ele respondeu-lhe "Isto não é nada
E agora é hora de eu ir"
E o inocente o seguiu
Sem as armas o seguiu
Sobre a sua cativa estrada
Sobre as avenidas, atrás da estação
Roubou a cobrança de uma rainha
E quando ela disse-lhe "Como"
Ele a respondeu "Talvez seja melhor, é como antes
Talvez seja hora de eu ir"
E a rainha o seguiu
Com a sua dor o seguiu
Sobre a sua cativa estrada
E em uma noite sem lua
Falsificou as estrelas de um piloto
Quando o avião caiu
Ele disse "É culpa de quem morre
De qualquer modo é melhor que eu vá"
E o piloto o seguiu
Sem as estrelas o seguiu
Sobre a sua cativa estrada
A um jovem alcoolizado
Pegou para beber um pouco
E enquanto aquele o olhava
Ele disse "Amigo aposto que você está para dizer-me que
Agora é o hora de eu ir"
O alcoolizado o entendeu
Não disse nada e o seguiu
Sobre a sua cativa estrada
Em um processo por amor
Beijou as bocas dos jurados
E aos seus olhares embaraçados
Respondeu "Agora é mais normal
Agora é melhor, agora é justo, justo, é justo
Que eu vá"
E os jurados o seguiram
A boca aberta o seguiram
Sobre a sua cativa estrada
Sobre a sua cativa estrada
E quando depois, desapareceu de todo
Há quem disse "É estado um mal"
Há quem disse "É estado um bem"
Recomendou "Não convêm-vos
Vir comigo onde quer que vá,
Mas há amor, um pouco para todos
E todos, quantos têm um amor
Sobre a cativa estrada..."