O homem comum era jovem e despreocupado
Protegido dos horrores dos anos que passaram
Invulnerável, levado pelo vento
Desta juventude que ele, infelizmente, acredita!
Continuaria eternamente
Como se o tempo parasse e relaxasse
Com o entusiasmo de seus vinte anos
Ele estava certo de que levaria seu barco
Diferentemente de seus pais
"Vocês verão que eu deixarei minha marca"
Que ele os disse um pouco arrogante
Já que ele tinha toda a vida adiante
Mas os ponteiros do relógio
Batem o tempo e nunca se alteram
Eles nos pegam deixando no seu rastro
Os sonhos que nós não realizamos
Que somem como se fosse uma miragem
Dando lugar à realidade
Esta é a vida...
Esta é a vida...
Esta é a vida...
E o homem comum ajusta a hora do seu relógio
Porque de repente falta tempo
O que antes não era um fator
Recentemente se tornou precioso e contável
E em meio a essa vã perseguição
Ele diz a si mesmo que a vida passa muito rápido
A TV grande, a visão pequena
A viagem para o sul para relaxar
Aceitar a viver como uma ovelha
Seguir a massa, fazer o trabalho
Em obediência ao tempo que se vai
O homem percebe que ele pouco fez
Porque os ponteiros do relógio
Batem o tempo e nunca se alteram
Eles nos pegam deixando no seu rastro
Os sonhos que nós não realizamos
Que somem como se fosse uma miragem
Dando lugar à realidade
Esta é a vida...
Esta é a vida...
Esta é a vida...
Então o homem comum diz a si mesmo que ele sobrevive
Ele sabe bem que ele é irrelevante
Todos os dias, o dia da marmota
E sua vida que vai direto para um beco sem saída
Ah! Como ele gostaria de mudar o percurso
Ter coragem de fazer um retorno
Esta é a coragem das nossas decisões
Que são como os motores de nossas ações
É o que nos impulsiona a ultrapassar a ponte
E o abismo da resignação
Mas estejamos nós parados ou em movimento
Uma coisa é certa, nada para o tempo...
Porque os ponteiros do relógio
Batem o tempo e nunca se alteram
Eles nos pegam deixando no seu rastro
Os sonhos que nós não realizamos
Que somem como se fosse uma miragem
Dando lugar à realidade
Esta é a vida...
Esta é a vida...
Esta é a vida...
Porque os ponteiros do relógio
Batem o tempo e nunca se alteram...