Já chegou a liberdade
Com um chapéu encarnado!
Já chegou a Liberdade
Com um chapéu encarnado!
Chegou um dia ao Rossio:
Estava tanto frio,
Tanta gente triste...
Entrou de espingarda, em riste!
Entrou de espingarda, em riste!
Chegou um dia à cidade
E só atirou um amor-perfeito:
Era o que trazia ao peito!
Era o que trazia ao peito!
[Refrão:]
Já chegou a liberdade
Com um chapéu encarnado;
No rosto trazia verdade
E, na baioneta, já floriu um cravo!
No rosto trazia verdade
E, na baioneta, já floriu um cravo!
Já chegou a liberdade
Com um chapéu encarnado!
Já chegou a Liberdade
Com um chapéu encarnado!
Depois foi até ao Carmo;
Foi até ao cerne
Da nossa tristeza
E cantou «A Portuguesa»!
E cantou «A Portuguesa»!
E eu que também cantei...
Só então me dei
Conta da beleza
Da voz que ficou acesa!
Da voz que ficou acesa!
[Refrão:]
Já chegou a liberdade
Com um chapéu encarnado;
No rosto trazia verdade
E, na baioneta, já floriu um cravo!
No rosto trazia verdade
E, na baioneta, já floriu um cravo!
Já chegou a liberdade
Com um chapéu encarnado!
Já chegou a Liberdade
Com um chapéu encarnado!