As noites dominam as almas perdidas
Foragidas dos lobos esfomeados
Cativadas aos bolsos rasgados
Perseguidas pelos passados pecados de prazeres momentâneos
Prazeres que causam consequências perpétuas
E os fazem marchar por caminhos indesejados
Caminhos onde sonhos não existem e descansos são raros
Onde o preço de viver não dá valor à vida
Caminhos onde ao sétimo dia eles compram o perdão vendendo a fé
E entregam as suas alforrias
Horas de suor gastas por sete segundos de utopia
Eternizando o sofrimento nas almas perdidas
Perdidas em noites onde a lua é que ilumina
Tornando elas prezas
Prezas dos predadores que imperam as suas riquezas
E acorrentam as suas vidas
A luz do sol tarda mas nasce
Evidenciando o caos e os males
Alguns remanescem submissos e bitolados
Apenas poucos clarejam as suas intelectualidades
Apenas poucos vão a busca da verdade
Apenas poucos conseguem a liberdade