Estou ouvindo imagens, estou vendo sons
Que nenhum poeta pintou
Vozes me chamam, direto no meu coração
É tão estranho, mas somos tão amigos
Deixo a música falar sem limites
Deixo os meus sentimentos dominarem
Levarem minha alma para longe, para dentro do mundo
Onde a beleza encontra a escuridão do dia
Onde a minha mente é como uma janela aberta
Onde os ventos altos e curadores sopram
Os sons me acordam do meu sono raso
Eu os deixo me levarem
(Deixe-os me acordar, deixe-os me enganar, deixe-os me levar...)
Que seja uma piada, que seja um sorriso
Que seja uma brincadeira, se ela me fizer rir por um pouco
Que seja uma lágrima, que seja um suspiro
Vindo do coração, falando com um coração, que seja um grito
Algumas ruas são vazios, folhas secas de outono
Sussurrando por um velho beco
E na calada da noite, me vejo como um homem cego
Em algum vale antigo
Eu deixo a música falar, gentilmente me guiando
Me empurrando como um amante
Me guiando por todo o caminho, para um lugar
Onde a beleza derrotará o dia mais escuro
Onde eu me uno a cada grande ilusão
Nenhuma perturbação, nenhuma intromissão
Onde eu deixo os sons melancólicos me seduzirem
Eu deixo eles me usarem
(Uma ilusão, nenhuma perturbação, nenhuma intromissão...)
Que seja uma piada, que seja um sorriso
Que seja uma brincadeira, se ela me fizer rir por um pouco
Que seja uma lágrima, que seja um suspiro
Vindo do coração, falando com um coração, que seja um grito
Que seja uma lágrima, que seja um suspiro
Vindo do coração, falando com um coração, que seja um grito
Que seja a alegria de cada novo pôr do sol
Ou o momento em que um dia morre
Eu me entrego sem reservas
Nenhuma explicação, nenhuma pergunta sobre por quê
Eu pego para mim e deixo fluir através de mim
Sim, eu deixo a música falar
Eu deixo a música falar