Eu caminhava pela areia
Vagava pelas ruas vazias
Como após uma avalanche, os escombros jaziam
A cidade afundou no lodo silenciosamente
Ei-a, eles não me entendem
Os pássaros do amor, que voam baixo
Me torturam com amor, me torturam
Lágrimas e água escorrem dos olhos das casas
Ou-ou-ou, me deixem beber
As ruas da paixão, eu vejo seus rostos
Vejo os escombros sob os raios de sol
Dedos fecham os meus olhos
Tudo ao nosso redor é o vento
Tudo que desaba são cinzas
Os pensamentos se apertam no bolso
Bem-vindo à Cidade da Decepção
Tudo ao nosso redor é o vento
Tudo que desaba são cinzas
Os pensamentos se apertam no bolso
Bem-vindo à Cidade da Decepção
A Cidade da Decepção dorme
Neste ritmo* o meu coração bate
Desatando um fio de seda
Eu continuo a girar o mundo, girar, girar...
Os lobos da noite não acabaram com a minha fé
As sombras dos postes se fundem com as casas
Há teias em todos os cantos
Elas dão muito ou pouco dinheiro
Ah, as ideias estão ligadas à palavras
As pessoas entram uma nas outras pelo olhar
As ruas estão ocultas sob nuvens imundas
Dedos fecham os meus olhos
Tudo ao nosso redor é o vento
Tudo que desaba são cinzas
Os pensamentos se apertam no bolso
Bem-vindo à Cidade da Decepção
Tudo ao nosso redor é o vento
Tudo que desaba são cinzas
Os pensamentos se apertam no bolso
Bem-vindo à Cidade da Decepção
Por cadeias de montanhas eu caminhei
Inalei nuvens de fumaça desabrigadas
Parecia que eu estava queimando por dentro
Eu pedia :"Olhem para trás", eu pedia
Como se eu fosse uma estrela, caí na cidade
Queria explodi-la, mas ela me é querida
A cidade me é querida. Ah, Meu Deus, ela me é querida
Eu não queria
Mas o meu coração é pólvora
Tudo ao nosso redor é o vento
Tudo que desaba são cinzas
Os pensamentos se apertam no bolso
Bem-vindo à Cidade da Decepção
Tudo ao nosso redor é o vento
Tudo que desaba são cinzas
Os pensamentos se apertam no bolso
Bem-vindo à Cidade da Decepção