Camião fantasma, camião fantasma, partes sozinho na noite escura.
Camião fantasma, camião fantasma e jamais chegas.
Sexta-feira 13, pouco depois das dez.
Perante chuva pesada, mal consigo ver.
Na Bayern 3 está a dar a canção “Big John” .
E eu estou quase só na autoestrada.
Atrás de mim, ruge só um camião pesado.
De cima a baixo, apenas tinta preta.
Faz sinal de luzes, depois ultrapassa,
E eu estou a ficar todo frio, isto é bruxedo.
Ao volante, senta-se um rosto pálido.
Meio fantasma, meio homem e muito velho.
Eu vi já este tipo alguma vez, mas ele morreu há muito, estão a perceber!
Dirijo-me a Würzburg para reabastecer combustível.
Quero ir para sul e finalmente para casa
O gasolineiro diz: “Que noite mais horrível, que já levou assim alguns para o túmulo”.
Camião fantasma, camião fantasma, partes sozinho na noite escura.
Camião fantasma, camião fantasma e nunca chegas.
Há vinte anos atrás, neste mesmo dia de azar
Morreu ali o meu amigo num camião preto.
Um Volkswagen amarelo levou-o em urgência,
E foi da ponte para a morte.
Cem camionistas deram-lhe escolta.
Foram até à sepultura. Nenhum caminho foi tão longo.
Depois seguiram o tipo do Volkswagen,
mas ele tinha desaparecido há muito e não o veriam mais.
Camião fantasma, camião fantasma, partes sozinho na noite escura.
Camião fantasma, camião fantasma e nunca chegas.
Ainda 10 km até Ingolstadt
Mais uma saída, então consegui.
Mas de repente a luz azul! A Polícia!
E então tenho de passar por um grave acidente
Na vala, lá está ele, o Volkswagen amarelo.
O motorista está morto, isso consigo eu ver,
E ao longe, eu podia jurar,
Posso ouvir as risadas do meu amigo.
Camião fantasma, camião fantasma, partes sozinho na noite escura.
Camião fantasma, camião fantasma e jamais chegas, e jamais chegas.