Eu canto com os olhos bem fechados,
Que o maestro dos meus fados
É quem lhes dá o condão!
E assim, não olho para outros lados
E canto, de olhos fechados,
Para olhar prò coração.
Meu coração
É fadista doutras eras,
Que sonha viver quimeras
Em loucura desabrida!
Meu coração,
Se canto, quase me mata,
Pois que cada vez que bata
Rouba um pouco a minha vida...
Ele e eu, cá vamos sofrer os dois...
Talvez um dia, depois
Dele parar pouco a pouco,
Talvez alguém se lembre ainda de nós
E sinta, na minha voz,
O que sentiu este louco!
[Instrumental]
Ele e eu, cá vamos sofrer os dois...
Talvez um dia, depois
Dele parar pouco a pouco,
Talvez alguém se lembre ainda de nós
E sinta, na minha voz,
O que sentiu este louco!