Com o seu chicote, o vento
Quebra o espelho do lago.
Em mim foi mais violento
O estrago
Porque o vento ao passar
Murmurou o teu nome
Depois de o murmurar,
Deixou-me.
Tão rápido passou
Nem soube destruir-me
Nas magoas em que sou
Tão firme.
Mas a sua passagem
Em vidro recortava
No lago a minha imagem
De escrava.
Ò liquido cristal
Dos meus olhos sem ti,
Em vão um vendaval,
Pedi,
Para que se quebrasse
O espelho que me enluta
E me ficasse a face
Enxuta.
Para que se quebrasse
O espelho que que me enluta
Em mim foi mais violento
O vento.